segunda-feira, 6 de abril de 2009

PARA SORRIR: DE MEDO DO JUIZ, ESTAGIÁRIO FUGIU DO FÓRUM

Contam que, perto da Capital, realizava-se uma audiência criminal. O juiz interrogava ofensor de honra alheia. Fora da sala de audiência, um estagiário apresentara-se, bem cedo, à escrivã. Devia cumprir uma das etapas do estágio universitário e, para isso, recomendara-lhe o professor de prática penal, que assistisse o desenrolar de uma audiência criminal e a relatasse, depois na faculdade, aos demais acadêmicos. Pela praxe, estava engravatado; o pai emprestara-lhe a gravata. Identificou-se à auxiliar do juízo e contou-lhe a razão de sua visita ao Fórum. Por ela, automaticamente, teve apontada a porta (fechada) da sala do juiz. Medroso (não há como negar a existência de medo infundado que o foro - sempre solene - ocasiona naquele que o procura), perguntou o acadêmico à escrivã se podia entrar na sala. Se a porta estava fechada, não perturbaria outrem? Não ficaria bravo o magistrado caso a abrisse? Poderia entrar, desenvolvendo-se a audiência? Estimulando-o à dirigir-se ao local, a escrivã informou ao rapaz ser legal o juiz, um jovem ainda, professor que, por estimar os universitários, muito os estimulava a até abraçarem a magistratura como futura profissão.E o rapaz foi...O fato cuja reconstituição interessava ao juiz, para realizar o princípio da verdade material, teria acontecido em reunião de clube de serviço. Dois companheiros odiavam-se de morte; ao discursar, um chamou o outro de f.d.p. O ofendido, porque humilhado publicamente, contratou advogado.Queixa foi oferecida e colhia-se o interrogatório do réu...Frente à frente, o juiz indagou do acusado se esteve na reunião, se discursou, se chamou o querelante de f.d.p. Ousado, afirmou (e reafirmou) a autoria e o magistrado passou a ditar a resposta para a escrevente. Alta era a voz do juiz, rouca e pausada:- que, indagado se comparecera à reunião, se lá discursara e se chamara o querelante de - abre aspas ...Por coincidência, neste exato momento o estagiário abre a porta, põe a cabeça dentro da sala. O juiz, sem observar isto, continua o ditado...- ... f.d.p. - fecha (aspas)...Assustado, achando-se enganado pela escrivã, pé-ante-pé de início e correndo depois, com medo do juiz, o menino...fugiu do Fórum!

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