quinta-feira, 28 de maio de 2009

CORÉIA DO NORTE DESOBEDECE A ONU E LANÇA MÍSSIL

A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton alertou, nesta quarta-feira (27), que a Coreia do Norte vai enfrentar as consequências pelas ameaças "provocativas e beligerantes" que o país asiático tem feito. A Coreia do Norte realizou um teste nuclear na segunda-feira (25) e testou mísseis de curto alcance esta semana.
Clinton também ressaltou o compromisso dos EUA em defender a Coreia do Sul e o Japão, aliados norte-americanos que são potenciais alvos ao alcance dos mísseis norte-coreanos. A declaração vem depois de a Coreia do Norte manter nesta quarta-feira os testes com mísseis, apesar das críticas internacionais. Após lançar, pelo terceiro dia consecutivo, um míssil de curto alcance em sua costa leste, o regime de Pyongyang encerrou o armistício assinado em 1953, após a Guerra das Coreias, e ameaçou atacar a vizinha Coreia do Sul como retaliação por aderir à iniciativa norte-americana contra o tráfico de armas de destruição em massa.
"A Coreia do Norte fez uma escolha e terá consequências", disse Clinton, ao mencionar a violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ignorar as advertências internacionais e revogar compromissos de desarmamento nuclear.Ela não foi específica, dizendo apenas que a intenção dos diplomatas foi "tentar dominar os norte-coreanos" e levá-los a cumprir compromissos assumidos nas negociações nucleares. Clinton disse que está satisfeita com a união da comunidade internacional em condenar a Coreia do Norte que inclui Rússia e China. "O sucesso de qualquer sanção vai depender de quão agressivamente a China vai implementá-las", disse.Mas Clinton, apesar das duras palavras, também citou que tem esperança de que a Coreia do Norte retorne ao tratado de desarmamento nuclear o que "vai beneficiar o povo da Coreia do Norte, a região e o mundo".AmeaçasA Coreia do Norte anunciou que responderá com um ataque militar se seus navios forem interceptados e que também não garante a segurança dos navios estrangeiros no Mar Ocidental (Mar Amarelo), onde em anos recentes as duas Coreias mantiveram confrontos armados. Em seu recado mais beligerante dentro da crise iniciada pelo teste nuclear de segunda-feira (25), a Coreia do Norte alertou que verá como uma declaração de guerra qualquer participação de Seul no exercício naval.
"Qualquer ato hostil contra nossos navios pacíficos, incluindo busca e apreensão, será considerado uma infração imperdoável de nossa soberania e responderemos com um poderoso ataque militar", disse um porta-voz de Pyongyang, citado pela agência de notícias estatal KCNA.A Coreia do Norte efetuou seu segundo teste nuclear e lançou pelo menos cinco mísseis de curto alcance - hoje se informou do último deles, disparado ontem à noite -, fazendo caso omisso às advertências dos EUA, Japão, Coreia do Sul e da própria ONU.Segundo fontes diplomáticas citadas pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap", a usina nuclear norte-coreana de Yongbyon, inativa desde 2007 por um acordo internacional, teria sido reativada em meados de abril com o objetivo de extrair plutônio.A usina de Yongbyon, remanescente da era soviética, vinha sendo desmantelada como parte de um acordo multilateral que previa ajuda ao país. Mas por enquanto não há sinais de que a Coreia do Norte voltou a separar plutônio no local.Depois do teste de segunda-feira, resta ao país provavelmente material para mais cinco a sete bombas, segundo especialistas. Mas o regime poderia extrair plutônio de cápsulas usadas de combustível, de modo a obter, até o final do ano, material para mais uma bomba.O próximo passo do regime pode ser retomar as atividades em toda a usina de Yongbyon, e especialistas dizem que o Norte poderia levar até um ano para reverter todas as medidas de desarmamento adotadas. Quando a usina estiver funcionando, ela pode gerar plutônio suficiente para uma bomba por ano.Pyongyang também ameaça lançar um míssil balístico de longo alcance se o Conselho de Segurança da ONU não pedir desculpas por ter endurecido a fiscalização das sanções, em reação ao disparo de um foguete em abril, que supostamente violou a proibição de teste de mísseis em vigor desde 2006. A Coreia do Norte alega que o foguete serviu para colocar em órbita um satélite com fins pacíficos. CautelaO ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, pediu nesta quarta-feira que os outros países membros do Conselho de Segurança da ONU tenham cautela ao elaborar a nova resolução contra a Coreia do Norte pelo teste nuclear realizado na segunda-feira.
Lavrov afirmou que o Conselho de Segurança precisa ser firme com a Coreia do Norte, mas, ao mesmo tempo, deve evitar uma punição exagerada, apenas pela punição em si. Ele afirmou ainda nesta quarta-feira que é crucial que a resolução ajude a prevenir a proliferação de armas nucleares e ajude a retomar as negociações do Grupo dos Seis (Rússia, Japão, China, Estados Unidos, Coreia do Sul e Coreia do Norte) para desnuclearização de Pyongyang.Como a maioria da comunidade internacional, a Rússia condenou duramente a Coreia do Norte pelo teste nuclear, mas o recado de Lavrov segue os alertas reiterados de Moscou contra uma punição extremamente severa contra o regime comunista, que pode acabar sendo contraprodutiva.ResoluçãoEmbaixadores dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas - EUA, Rússia, China, Reino Unido e França - mantém nesta quarta-feira, com os embaixadores do Japão e da Coreia do Sul, as discussões sobre as sanções a serem impostas à Coreia do Norte pelo teste nuclear.Na reunião de emergência do CS nesta segunda-feira - convocada pelo Japão - os membros concordaram em condenar o teste nuclear norte-coreano como uma violação à resolução estabelecida pelo conselho após a primeira explosão nuclear feita pela Coreia do Norte, em outubro de 2006.Em maio, depois que a Coreia do Norte lançou o Taepodong-2 --segundo os norte-coreanos, um foguete espacial; para os EUA Japão e Coreia do Sul, um míssil - o CS determinou o congelamento de fundos no exterior de três empresas norte-coreanas.
Do UOL Notícias*
Em São Paulo

nota: É um absurdo o que a Coréia do norte fez e pretende fazer. Procurar guerra nuclear é planejar a destruição do mundo todo, inclusive a sua prória. Espero que a onu desative a usina e tome medidas drásticas em relação a este país.

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